quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Crescer

Somos tão inocentes quando, ainda, a única coisa que nos motiva é o facto de termos duas pernas que nos poderão levar a correr para diante de outros seres pequeninos que só têm como preocupação expressar de forma correta os seus desejos. O que é certo, é que tal como todas, a fase das palavras sem nexo e dos bonecos sorridentes que nos acompanham ao adormecer, também acaba. Crescemos, cada um a seu ritmo, mas acabamos sempre por crescer, física e psiquicamente. Percorremos longos caminhos com inúmeros obstáculos que, ao longo do tempo, nos deixam ter a perceção de como lidar com eles. Mudamos a cada caminho percorrido e vamos construindo, aos poucos, o nosso “eu”. A nossa opinião, o nosso gosto, a nossa forma de visão, a nossa personalidade, tudo muda, tudo se formula e reformula.
Damo-nos conta de que o tempo vai passando e que marcas vão ficando, marcas essas que, tal como o nome indica, nos marcaram. São esses acontecimentos que nos permitem crescer e com este, mudar.
As memórias vão-se apagando lentamente e nós vamos vivendo, o que, na minha opinião, deveria ser feito da melhor forma possível: aproveitando todos os momentos como sendo os últimos; nunca desistindo; encarando os problemas da melhor forma e, por fim, tendo consciência de que a vida é o que cada um de nós quiser fazer dela.
Quando adquiridas as principais perceções, que serão, mais tarde, a base de outras, há que saber em pôr em prática tudo o que já foi aprendido, tendo com isto o objetivo de não voltar a cometer os mesmos erros cometidos anteriormente, mas sim outros que serão fruto do novo caminho iniciado.